Fugitivos da penitenciária federal de Mossoró são presos

Fugitivos da penitenciária federal de Mossoró são presos. Criminosos escaparam da prisão na madrugada de 14 de fevereiro.

Fugitivos da penitenciária federal de Mossoró são presos. Buscas mobilizaram ao menos 600 agentes; criminosos escaparam da prisão na madrugada de 14 de fevereiro.

Nesta quinta-feira (4), os dois foragidos da penitenciária federal de Mossoró (RN), Rogério da Silva Mendonça, 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, foram capturados, 50 dias após a fuga. A captura ocorreu em Marabá (PA) durante uma operação conjunta da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. Eles haviam escapado do presídio na madrugada de 14 de fevereiro. Esta fuga foi a primeira registrada desde a implementação do Sistema Penitenciário Federal no Brasil, em 2006.

Segundo a PRF, além de Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, quatro pessoas foram presas. A corporação informou, ainda, que apreendeu um fuzil com os foragidos do presídio de Mossoró.

A busca pelos detentos envolveu pelo menos 600 agentes. Desde que escaparam da penitenciária, Rogério e Deibson tinham sido vistos em diversas ocasiões. Dois dias após a fuga, os homens teriam feito uma família de refém, na zona rural de Mossoró. Neste dia, a polícia também encontrou pegadas, calçados, roupas, lençóis e uma corda, além de uma camiseta do uniforme da penitenciária, em uma área de mata.

A força-tarefa dedicada à captura encontrou, em 25 de fevereiro, um possível esconderijo onde os fugitivos permaneceram por alguns dias, próximo à prisão. Foram descobertas um facão, uma lona e várias embalagens de comida no local.

Em 27 de fevereiro, os moradores locais avistaram os fugitivos em um vilarejo no Rio Grande do Norte e os reconheceram. Antes da intervenção policial, os fugitivos retornaram para a mata. A Polícia Federal chegou a oferecer uma recompensa de R$ 30 mil por informações que levassem à captura dos foragidos.

Suspeitos de auxiliarem na fuga.

Três indivíduos foram detidos em flagrante sob suspeita de auxiliar na fuga de detentos da penitenciária de segurança máxima em Mossoró, no Rio Grande do Norte. As prisões ocorreram na fronteira entre o Rio Grande do Norte e o Ceará em 22 de fevereiro.

Além das detenções, foram apreendidas armas, drogas, munições e um veículo suspeito de ter sido usado para fornecer armas aos criminosos durante a fuga.

Além desses suspeitos, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Acre prendeu o irmão de um dos fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró. Ele tinha mandado de prisão aberto por roubo e participação em organização criminosa.

Em 26 de fevereiro, outro homem suspeito de colaborar com os fugitivos foi preso. Identificado como Ronaildo da Silva Fernandes, ele é proprietário de um sítio em Baraúna, localizado na divisa entre o Rio Grande do Norte e o Ceará. Fernandes teria recebido R$ 5 mil para abrigar os fugitivos por oito dias. Contudo, os fugitivos, Deibson Nascimento e Rogério Mendonça, escaparam da penitenciária de segurança máxima em 14 de fevereiro, marcando assim a primeira fuga registrada na história das penitenciárias federais.

A fuga é a primeira desde a implementação do SPF (Sistema Penitenciário Federal) no Brasil, em 2006. Os detentos tiveram acesso a ferramentas usadas na reforma pela qual a unidade passa. Para o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, uma “série de fatores” levou à fuga, como falhas de construção da estrutura prisional e falta de funcionamento de câmeras e lâmpadas.

Os dois presos fugiram pela luminária que ficava em uma parede lateral da cela. Depois de atravessar a abertura, os fugitivos escalaram o shaft — vão interno para passagem de tubulações e instalações elétricas — até o teto, onde quebraram uma grade metálica e chegaram ao telhado da prisão.

“Em vez de a luminária e o entorno estarem protegidos por laje de concreto, estava fechada por um simples trabalho comum de alvenaria. Outro problema diz respeito à técnica construtiva e ao projeto. Quando os fugitivos saíram pela luminária, entraram naquilo que se chama de shaft, onde se faz a manutenção do presídio, com máquinas, tubulações e fiação”, explicou o ministro em entrevista.

Os fugitivos teriam conseguido alcançar, por meio do shaft, o teto do sistema prisional, onde também não havia nenhuma laje, grade ou sistema de proteção. “É uma questão de projeto.

O ministro avaliou que aqueles responsáveis deveriam ter imaginado uma proteção mais eficiente.

Para Lewandowski, o fato de a ação dos criminosos ter ocorrido na madrugada da terça de Carnaval para a Quarta de Cinzas pode ter facilitado a operação, porque as “pessoas costumam estar mais relaxadas” nesse período.
Estrutura da penitenciária

A penitenciária de Mossoró tem área total de 12,3 mil m². Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, os custodiados ficam em celas individuais, equipadas com dormitório, sanitário, pia, chuveiro, mesa e assento. Não há tomadas nem equipamentos eletrônicos.

Dentro das penitenciárias federais, a equipe de especialistas e técnicos locais realiza todos os atendimentos básicos de saúde, enquanto os parlatórios estão disponíveis para o atendimento de advogados e as salas de videoconferência são utilizadas para participação em audiências judiciais.

Portanto, os presos são transferidos para o sistema penitenciário federal se ocupam cargos de liderança, cometem crimes que ameaçam a integridade física em presídios comuns, participam de quadrilhas envolvidas em crimes violentos ou de grave ameaça, são réus colaboradores ou delatores premiados com risco à integridade física, ou se envolvem em fugas, violência ou grave indisciplina no presídio de origem.

Fonte: R7

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