A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) de Carazinho deflagrou, nesta terça-feira (11), a Operação Kairós, para investigar crimes de estelionato e fraude com ativos financeiros ligados a um esquema de pirâmide financeira que causou prejuízos milionários a centenas de investidores.
As investigações apontam que, desde 2021, o suspeito captava recursos sem autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), prometendo altos rendimentos acima do mercado. Ele alegava investir os valores em uma corretora sediada em Belize, um paraíso fiscal.
No entanto, a apuração revelou que a maior parte dos recursos não era investida, mas sim movimentada entre contas do próprio operador, caracterizando um esquema fraudulento.
Prejuízo estimado e impacto da fraude
O esquema movimentou mais de R$ 10 milhões e envolveu cerca de 800 investidores, a maioria com prejuízos após a suspensão dos pagamentos em janeiro de 2025.
Além disso, o investigado teria adquirido um patrimônio considerável com os valores captados, em detrimento das vítimas.
Medidas judiciais e apreensões
Com base nas evidências, a Polícia Civil obteve medidas cautelares do Judiciário, com parecer favorável do Ministério Público.
As ações desta manhã, com apoio da DP e DPPGV de Carazinho, resultaram em:
• Cumprimento de 08 mandados de busca e apreensão em Carazinho e Canela (RS);
• Apreensão de 06 veículos de alto valor, totalizando cerca de R$ 700 mil;
• Sequestro de 04 imóveis residenciais, avaliados em R$ 2 milhões;
• Apreensão de R$ 24 mil em dinheiro, além de outros objetos relevantes para a investigação.
Prisão do investigado
O suspeito de pirâmide teve a prisão preventiva decretada e foi recolhido ao Presídio Estadual de Carazinho, onde permanece à disposição da Justiça.
As investigações continuam para identificar outras possíveis vítimas e eventuais envolvidos, além de aprofundar a análise das movimentações financeiras.
A Operação Kairós reforça o compromisso da Polícia Civil no combate a crimes financeiros e à proteção dos cidadãos contra fraudes.
A corporação orienta vítimas que tenham sido lesadas a registrar boletim de ocorrência e recomenda que a população sempre verifique a regularidade de investimentos junto aos órgãos reguladores.