A cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris, realizada na última sexta-feira (26), gerou uma onda de reações ao redor do mundo.
O evento, que buscava celebrar a diversidade, acabou levantando polêmicas ao adaptar a icônica “Última Ceia” de Leonardo da Vinci, envolvendo artistas LGBT+, drag queens e bailarinos.
Na releitura da famosa obra de 1497, a DJ Barbara Butch liderou a performance ao lado de um grupo vibrante de artistas.
A intenção, segundo Thomas Jolly, diretor artístico, era enaltecer a diversidade e a rica gastronomia francesa. Contudo, a apresentação foi criticada por grupos religiosos, que a consideraram uma ofensa.
A Conferência de Bispos da Igreja Católica Francesa expressou descontentamento, classificando o ato como uma zombaria contra o cristianismo.
Maria Zakharova, do Ministério de Relações Exteriores da Rússia, e a Comunhão Anglicana no Egito também manifestaram seu desagrado, destacando que o Comitê Olímpico Internacional poderia perder sua identidade esportiva e humanitária.
Anne Descamps, porta-voz da Olimpíada de Paris 2024, lamentou que a cerimônia tenha causado ofensa, reforçando que a intenção era promover tolerância e amor. “Nunca houve a intenção de desrespeitar qualquer grupo religioso,” afirmou Descamps.
A direção artística buscava enviar uma mensagem inclusiva, mas reconheceu que algumas percepções podem ter sido diferentes.
Em entrevista concedida à Associated Press neste domingo (28), Thomas Jolly esclareceu que não desejava ser subversivo ou causar escândalo. “Minha intenção era transmitir amor e inclusão,” explicou Jolly, reafirmando que o foco era a união, e não a divisão.
Apesar das críticas, a cerimônia foi um marco de ousadia e inovação, abrindo espaço para discussões sobre representatividade e limites da arte em eventos globais.
A reação do público jovem pode variar, mas a busca por um equilíbrio entre tradição e modernidade certamente deixou uma marca nas Olimpíadas de Paris.
Anúncio ocorre dias após perda de patrocínio
A C Spire anunciou a retirada de seu patrocínio dos Jogos Olímpicos de Paris após a polêmica encenação de “A Última Ceia” por travestis na cerimônia de abertura.
Em um comunicado na rede social X, a empresa expressou seu choque com a “zombaria”.
A patrocinadora afirmou que sua decisão de retirar a publicidade foi motivada pela insatisfação com a representação do quadro de Leonardo da Vinci durante o evento.
Fonte: Curiozone